Hoje fomos à missa com as crianças. A criada ficou lá atrás com eles porque o Frederico é terrível e faz imenso barulho e a Beatriz está sempre a perguntar coisas, o que é irritante. Não é que não saiba responder mas digo sempre: “Pergunte ao Sr. Cónego Gramíneo Quando ele for lá a casa.” Funcionou durante uns tempos mas houve um dia em que me disse: “Ó papá, o Cónego Gramíneo gosta é de beber pinga da boa e enfardar até cair!” Fiquei chocado, eu e as pessoas à volta porque ela tem aquela vozinha de dez aninhos, estridente e insuportável. Acabou-se!
Isto por causa da missa. Hoje, a leitura maior era aquela do piquenique. Povo com fartura! Tanto que nem havia sardinhas para todos, nem o pão onde pôr a sardinha e aparar aquela gordura toda que a gente simples gosta de ver escorrer pelos dedos. Então Jesus, farto desta mania do peixe, que já vem do Santo António, disse: “Ok! Então é assim: não há pão para todos, nem sardinha. Está aqui imensa gente porque eu quando combino qualquer coisa, é em grande, porque sou filho de Deus e assim. Por isso, ó Pedro trate lá com os seus amigos de arranjar comida e não me venha dizer que não há dinheiro!” Eles ficaram cheios de medo porque Jesus era muito bom de coração mas a criadagem tem que ser ensinada e ele tinha uma dúzia ou mais, tantos que o Sr. Cónego até diz que ele teve de lhes pôr um nome porque não aguentava mais e disse-lhes: “Vou-vos chamar discípulos e pronto! Ó discípulo repita o que eu disse! Ó discípulo vá desinfectar o doente para eu tocar depois e assim!” Quer dizer, o Sr. Cónego não disse isto mas eu deduzo que deve ter sido assim. Eu falo assim com a minha criada e não sou Deus, nem filho de Deus! Bem, eles lá foram e Jesus viu um miúdo com umas côdeas e umas sardinhas e disse-lhe: “Ó miúdo venha cá!” Como era Deus, o miúdo foi, claro. Depois disse-lhe: “Deixe ver o seu prato!” Depois fez um truque e, como era Deus, multiplicou aquilo tudo, com o peixe já assado e em cima das côdeas para não haver bagunça porque onde há muita gente é sempre natural que o nível baixe e tal. Porque é que isto vem na Bíblia? O povo e os padres avermelhados do campo ou os intelectuais acham que é para quem vive menos-mal, como nós, ter de andar a dar dinheiro aos outros. A verdadeira razão é só uma: Jesus está a pôr cada um no seu lugar. Com esta mágica ele quis dizer ao povo que se dê por contente enquanto há sardinha e mais, enquanto houver sardinha, não ande à procura de melhor: para quem é bacalhau basta! (para quem não notou, fiz um trocadilho com peixe com imensa piada, embora esteja a falar do Senhor e devesse ter compostura. Quando tenho um destes rasgos de génio de que já falei, não me contenho). Além do mais, Jesus é contra esta cultura do popular e das festarolas com tinto e gordurama. Foi a segunda vez que fez truques com comida e bebida para não alimentar estas manias dos festivais e assim. (A primeira foi daquela vez em que estavam a beber um vinho horroroso e Ele disse:”Que vinho é esse? Substitui-o por um Chateau Latour ou coisa equivalente e foi o melhor casamento. Tão bom que ficou na Bíblia, por isso mesmo).
Isto por causa da missa. Hoje, a leitura maior era aquela do piquenique. Povo com fartura! Tanto que nem havia sardinhas para todos, nem o pão onde pôr a sardinha e aparar aquela gordura toda que a gente simples gosta de ver escorrer pelos dedos. Então Jesus, farto desta mania do peixe, que já vem do Santo António, disse: “Ok! Então é assim: não há pão para todos, nem sardinha. Está aqui imensa gente porque eu quando combino qualquer coisa, é em grande, porque sou filho de Deus e assim. Por isso, ó Pedro trate lá com os seus amigos de arranjar comida e não me venha dizer que não há dinheiro!” Eles ficaram cheios de medo porque Jesus era muito bom de coração mas a criadagem tem que ser ensinada e ele tinha uma dúzia ou mais, tantos que o Sr. Cónego até diz que ele teve de lhes pôr um nome porque não aguentava mais e disse-lhes: “Vou-vos chamar discípulos e pronto! Ó discípulo repita o que eu disse! Ó discípulo vá desinfectar o doente para eu tocar depois e assim!” Quer dizer, o Sr. Cónego não disse isto mas eu deduzo que deve ter sido assim. Eu falo assim com a minha criada e não sou Deus, nem filho de Deus! Bem, eles lá foram e Jesus viu um miúdo com umas côdeas e umas sardinhas e disse-lhe: “Ó miúdo venha cá!” Como era Deus, o miúdo foi, claro. Depois disse-lhe: “Deixe ver o seu prato!” Depois fez um truque e, como era Deus, multiplicou aquilo tudo, com o peixe já assado e em cima das côdeas para não haver bagunça porque onde há muita gente é sempre natural que o nível baixe e tal. Porque é que isto vem na Bíblia? O povo e os padres avermelhados do campo ou os intelectuais acham que é para quem vive menos-mal, como nós, ter de andar a dar dinheiro aos outros. A verdadeira razão é só uma: Jesus está a pôr cada um no seu lugar. Com esta mágica ele quis dizer ao povo que se dê por contente enquanto há sardinha e mais, enquanto houver sardinha, não ande à procura de melhor: para quem é bacalhau basta! (para quem não notou, fiz um trocadilho com peixe com imensa piada, embora esteja a falar do Senhor e devesse ter compostura. Quando tenho um destes rasgos de génio de que já falei, não me contenho). Além do mais, Jesus é contra esta cultura do popular e das festarolas com tinto e gordurama. Foi a segunda vez que fez truques com comida e bebida para não alimentar estas manias dos festivais e assim. (A primeira foi daquela vez em que estavam a beber um vinho horroroso e Ele disse:”Que vinho é esse? Substitui-o por um Chateau Latour ou coisa equivalente e foi o melhor casamento. Tão bom que ficou na Bíblia, por isso mesmo).